Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
Um acordo fechado na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) realizada na última terça-feira (5/6) deixará de fora das metas do RenovaBio o Querosene de Aviação (QAV). O acordo prevê a criação de um Grupo de Trabalho para estudar incentivos para induzir a produção de Bioquerosene de Aviação (BioQav) no país.
A E&P Brasil mostrou essa semana que companhias aéreas que operam no país pediram a exclusão do QAV do programa. Gol, Latam, Avianca, além da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABear) e a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) alegaram baixo desenvolvimento do mercado.
A Iata alega ainda que o RenovaBio, conforme apresentado originalmente, considera o subsídio de combustíveis alternativos usados para a aviação, aumentando significativamente o custo do combustível de aviação tradicional – já entre os mais altos da região. “O custo mais elevado do combustível terá um impacto adverso no crescimento da aviação, o que acaba por atrasar o desenvolvimento econômico e social. O plano também corre o risco de enfrentar desafios operacionais críticos, que provavelmente exigirão investimentos adicionais para o desenvolvimento de nova infraestrutura”, diz a entidade.
No último dia 5, o presidente Michel Temer aprovou as metas anuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para os próximos dez anos.
“Vamos reduzir de 11,5% para 7% a dependência externa de combustíveis. O Brasil estará menos exposto à variação internacional do preço do petróleo e às flutuações cambiais. Portanto, quem sabe, num futuro muito próximo, consigamos evitar acontecimentos como este que se verificou na semana passada”, disse o presidente, referindo-se a greve dos caminhoneiros, deflagrada por conta dos elevados preços do diesel. O movimento provocou uma crise no abastecimento no país, inclusive com falta de combustíveis e longas filas em postos.