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McKinsey, firma global de consultoria, aponta que demanda por combustíveis sustentáveis deve triplicar até 2050, impulsionada pela descarbonização dos transportes

26/07/2022

Consultoria McKinsey realiza pesquisa acerca do consumo de combustíveis sustentáveis nos próximos anos e projeta forte aumento na demanda pelos recursos


Foto: iStock

A consultoria McKinsey realizou uma pesquisa em relação ao consumo de combustíveis sustentáveis até o ano de 2050 e apontou que a demanda deve triplicar nesse período, em razão da necessidade da descarbonização no setor de transportes.

Após a divulgação dos resultados do seu estudo acerca do consumo de combustíveis sustentáveis até o ano de 2050, a consultoria McKinsey está, nessa segunda-feira, (25/07), com uma projeção positiva para os próximos anos. Isso, pois os dados mostram que, em razão da necessidade da descarbonização do setor de transportes, principalmente no ramo rodoviário, a demanda por esse tipo de recurso pode chegar a triplicar até o fim do ano de 2050, com destaque para diesel verde (HVO), ​​bioetanol e combustíveis sintéticos.
 
Consultoria McKinsey realiza pesquisa acerca do consumo de combustíveis sustentáveis nos próximos anos e projeta forte aumento na demanda pelos recursos

A consultoria McKinsey está focando seus estudos nas projeções futuras para a utilização de combustíveis sustentáveis pelo setor de transportes e lançou um relatório com os dados previstos para o ano de 2050. Os dados apontam que o crescimento na parcela de combustíveis sustentáveis ​​na demanda de energia do transporte pode chegar a 7% e 37%, dependendo dos níveis de ambição climática entre os países.

Dessa forma, a demanda pelos combustíveis sustentáveis pode chegar a triplicar até o fim do ano de 2050, principalmente em razão do forte debate sobre a utilização desses recursos na busca pela descarbonização do setor de transportes, com foco na aviação, um dos mais difíceis de descarbonizar.

Além disso, a McKinsey projeta que os grandes destaques na utilização pelo setor de transportes serão o  diesel verde (HVO), ​​bioetanol e combustíveis sintéticos (que não usam biomassa), os quais garantem um potencial energético maior para esse setor. 

Ademais, o estudo da consultoria também realizou projeções de médio prazo, focando no ano de 2035, e apontou que o crescimento da demanda por combustíveis sustentáveis será impulsionado principalmente pelo setor rodoviário até esse período.

A McKinsey está projetando um crescimento ao ponto de atingir 290 milhões de toneladas no cenário mais ambicioso, enquanto a aviação virá logo atrás, crescendo cada vez mais nesse setor da descarbonização. Assim, os países podem começar a articular novas atrações de investimentos para a adoção desses recursos utilizando o relatório da companhia. 

Combustíveis sustentáveis contribuirão positivamente a curto prazo para a redução das emissões de gases poluentes no setor de transportes em todo o mundo 

Além de analisar o cenário futuro para o ano de 2050 e um cenário a médio prazo em 2035, a consultoria McKinsey também apontou que os combustíveis sustentáveis serão essenciais para contribuir a curto prazo com os planos de sustentabilidade dos países.

Isso, pois, eles ajudarão os países a cumprir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), enquanto o setor de eletrificação dos transportes precisará de alguns anos a mais para se consolidar. 

“Mesmo em um mundo com rápida absorção de veículos elétricos — onde eles representam cerca de 75% do total de vendas de veículos até 2030 — atingir as metas regulatórias de redução de GEE para transporte pode exigir uma contribuição significativa de combustíveis sustentáveis. Antes que a eletrificação seja concluída, o cumprimento das metas de redução de GEE na maioria dos países exigirá o uso de combustíveis sustentáveis ​​(tanto de base biológica quanto sintéticos) diretamente nas frotas existentes”, afirma o estudo da McKinsey.

Isso, pois o setor de eletrificação básica de veículos de transportes leves, como carros e caminhões menores, já está bastante consolidado em todo o cenário mundial, mas ainda há um longo caminho a percorrer quanto aos veículos de grande porte, como caminhões maiores e ônibus.

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​Fonte: clickpetroleoegas.com.br


Por Ruth Rodrigues (formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica)