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45% da matriz energética do Brasil advém de fontes renováveis após investimentos em economia de baixo carbono ao produzir hidrogênio verde, energia solar e parques eólicos em alto mar

16/11/2022

O objetivo é que o Brasil crie estratégias para tornar a economia do baixo carbono viável até o ano de 2030.


Fotos: divulgação/clickpetroleoegas.com.br

Em discurso na COP27, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, mostrou-se positivo sobre a participação do Brasil em relação ao Acordo de Paris, além de citar suas boas expectativas sobre a economia de baixo carbono após investimentos nacionais na produção de hidrogênio verde, energia solar e parques eólicos em alto mar.

Após o estouro da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a crise econômica deixada pela crise da Covid-19, o Brasil teve que se readaptar para manter a sua disponibilidade energética e alimentar, principalmente com a elevação das commodities. E, de acordo com o afirmado pelo presidente da CNI, o Brasil vem se mostrando promissor quando se fala de matriz energética baseada na economia de baixo carbono após investir na produção de hidrogênio verde, painéis fotovoltaicos e parques eólicos em alto mar para energia renovável. Tendo, assim, condições favoráveis para aumento de produtividade, mas, para que isso seja possível, seria necessário atrelar tanto o setor privado quanto o público. 

O Brasil vem recebendo diversos investimentos, principalmente em energia solar. Com um investimento acima de R$ 840 milhões, sendo uma parcela financiada, um dos maiores centros de energia advinda de painéis fotovoltaicos entrou em operação no Piauí recentemente. Uma construção que chamou a atenção em escala mundial, também localizada em Piauí, é um centro com mais de 2 milhões de painéis fotovoltaicos!

O apoio para o Acordo de Paris ocorre há anos, de governos anteriores a Bolsonaro. O objetivo é que o Estado consiga criar estratégias para tornar a economia do baixo carbono possível e viável até o ano de 2030. 

Brasil tem 45% de sua matriz energética formada por fontes renováveis 

O Brasil vem se tornando referência ao possuir ao menos 45% de sua matriz energética apoiando-se em fontes renováveis por intermédio de centros de produção de energia eólica em alta mar, energia solar ou hidrogênio verde. Inclusive, há uma lei de incentivo para que as casas produzam sua própria energia ao não pagar tributos de ICMS até o ano de 2023, caso realizem a instalação de placas fotovoltaicas. 

Além disso, o governo vem realizando novos investimentos para haver o fortalecimento do uso de biocombustíveis. Empresas privadas também realizam estudos para substituir o diesel na logística de transportes

Em entrevista, Andrade, da CNI, elogia o RenovaBio, programa criado para estabelecer as principais metas brasileiras para a descarbonização, aumentando a oferta de energia sustentável em todo o Brasil. O diálogo entre os setores privados e públicos foi amplamente debatido na cúpula deste ano. 

A Organização das Nações Unidas e do Painel Intergovernamental mostra que o mundo precisa de mudanças urgentes em relação a hábitos tidos que otimizam o efeito estufa que poderão conter, em partes, o aquecimento global nos próximos anos. 

Além do  hidrogênio verde e parques eólicos em alto mar para energia renovável: Setor marítimo também está fazendo a sua parte na matriz energética

A amônia é um dos componentes químicos que vem sendo estudado para diminuir as emissões de dióxido de carbono em alto mar com o transporte de navios. Ela é um combustível mais sustentável. Mas, ainda não é utilizada devido aos riscos de derramamento e mudança do pH da água, que pode  prejudicar a fauna e flora local. 

Entretanto, a empresa Dux elaborou uma pesquisa onde desenvolveu um componente capaz de tornar a amônia atóxica em alto mar, podendo ser uma opção sustentável de combustível. Mais informações podem ser encontradas em uma entrevista exclusiva fornecida pela empresa ao CPG. 

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Fonte: clickpetroleoegas.com.br (escrito por Daiane Souza)